No começo de 2020 (antes da pandemia ser oficial no Brasil), fui em uma exposição no MIS em São Paulo, sobre os 500 anos de Leonardo Da Vinci. Foi incrível, ele certamente é uma inspiração por todas suas ideias revolucionárias, seus feitos e sua mente brilhante. Algo porém ficou na minha cabeça: os seus “caderninhos de anotações” cheios de ilustrações e reflexões, descobertas, percepções anotadas com bastante desordem para quem vê de fora -diagramadores ficam aflitos-, mas que eram o modo como ele se encontrava. Seria aquilo um reflexo de tudo que se passava na mente dele? Acredito que era alguma forma de traduzir tanta informação através de seus estudos de observação e tantas outras ideias.
Um incentivo extra para quem adora anotações, listinhas e também rascunhos de desenhos. Confesso que tenho minhas manias. Mas longe de ser um Da Vinci… (Ou quem sabe desenvolve-se pela prática?) Na verdade, percebo que muitas das minhas anotações passaram para o digital ou somente para o “mental”, e aí que tudo se perde. Tenho o costume de “eliminar” listas antigas e não guardar tantos registros.
Segundo Seth Goldin (um professor, autor best-seller especialista em negócios e marketing) e as pessoas deveriam ter blogs e postar diariamente, pois além de desafiar a si mesmo a estar mais atento as coisas que ocorrem, você começa a desenvolver sua percepção e criatividade, seu raciocinio e também, consegue observar sua evolução ou mudanças ao longo dos tempos. Por isso também, pensei em criar esse espaço, em que possa deixar o pensamento virar palavra, o sentimento virar palavra ou até mesmo imagem, e assim ter um micro Bloquinho/Sketchbook , seja para mim, meus trabalhos, – talvez com alguns materiais de aprendizados que queira revisatar no futuro-, ou para registrar meus processos. , assim como um abrigo para reflexões e ilustrações inspirados… no estilo Da Vinci.