Após algum período sem publicar nada por aqui, estava ansiosa para adicionar mais um conteúdo de um “sketchbook”, um grupo de notas e textos que começou a vir a mente durante as sessões de terapia, de reflexões e até mesmo de conteúdos da internet relacionados da psicologia e psicanálise.
A ansiedade é a experiência emocional desagradável que sentimos quando estamos diante da possibilidade de entrar em contato com algo que nós achamos perigoso. O perigo ainda não esta presente, é uma possibilidade apenas. Ex.: ansiedade de uma pessoa antes de fazer uma prova. (Ela teme falhar na prova, tirar uma nota ruim, uma reprovação na matéria). São coisas que são imaginadas, que podem ocorrer. A ansiedade só é possivel pois podemos imaginar situações. Pode ser consciente ou inconsciente.
Autor desconhecido:
“Quando criamos expectativas, significa que estamos criando futuro no presente. Criar expectativa é atrair ansiedade para a sua vida, mais do que isso, a expectativa dá a você um estado interno de sofrimento. Faz você se comparar com o outro, faz com que julguemos a percepção do outro ou as próprias ações”
Quando você está em contato com uma coisa perigosa você experimenta medo, antes disso você experimenta ansiedade (antes do medo em si). Às vezes a pessoa não entende conscientemente o que de fato causa a ansiedade (do que tem medo de fato).
A extrema ansiedade, a desproporcional (a ponto de não conseguir dormir, de não conseguir comer etc) precisa ser tratada. É considerada uma ansiedade patologica ou neurótica (do ponto de vista da psicinálise).
Na TCC ( Terapia Cognitiva-Comportamental) o processo é feito no âmbito consciente, de modo a compreender de que maneira a pessoa está distorcendo a situação, e quais crenças conscientes estão ligadas a ansiedade.
Já na psicologia analítica se avalia o inconsciente, um lugar na mente em que a pessoa não reconhece conscientemente pois os conteudos entram em choque com a visão que a pessoa tem de si mesma. Toda ansiedade excessiva esta ligada a esses elementos incoscientes. A “prova” (no exemplo anterior, em que a pessoa teme falhar no teste) é que apenas um gatilho, ou seja, há algo por detrás dessa situação que na verdade conflita lá no inconsciente da pessoa. Há alguma situação que está reprimida na mente da pessoa. Ex.: a pessoa teve uma relação complicada com pai, e tem ódio reprimido, ela amava e odiava o pai e ele era uma figura de autoridade, por isso ao fazer a prova ela pode associar o examinador a essa memória.
Uma pessoa que tem muita ansiedade ao falar em público:
Ninguém vai tentar machucar ela, ela não corre risco de vida nessa situação. A fonte de ansiedade não é a fala em público, isso é apenas o gatilho para o real motivo de medo, que pode ser um desejo exibicionista reprimido. Todos nos quando criança temos desejos exibicionistas, é natuaral querer se mostrar, em especial para os pais. Mas pode ocorrer dos pais podarem/sensurarem as crianças para não fazer tais ações de forma “agressiva”. Portanto, a situação de apresentação remete na pessoa o desejo exibicionista da infância que ela teve que reprimir (os pais condenaram), e ela tem medo desse desejo pois os pais a “condenaram” ou falaram de forma mais firme que a criança pode ter absorvido a algo muito ruim.
Na pratica é feito indetificaçao do que causa a ansiedade, a raiz (os elementos inconsicentes) e vai se identificando as lembraças, sentimentos até que é feito associacõees e se identifica as conexões das coisas até chegar na verdadeira fonte de ansiedade, para assim, reconhecer os elementos reprimidos.
Fonte de informações relativas a psicanálise:
Como tratar a ansiedade da perspectiva da psicanálise
Motivos da ansiedade